O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) encaminhou à Polícia Federal os quesitos para serem analisados pelo Instituto Nacional de Criminalística na perícia que será realizada nos áudios gravados por Joesley Batista, do Grupo J&F, que fundamentam a delação premiada do empresário.
Leia Também
- Aécio entrega passaporte e tem 15 dias para responder pedido de prisão
- Gilmar Mendes critica divulgação da conversa de Reinaldo Azevedo com irmã de Aécio
- Procuradoria apura se pagamento de publicidade ocultou doação a Aécio
- MPF abre investigação contra empresário amigo de Aécio
- 'Não fiz dinheiro na vida pública', diz Aécio Neves em vídeo
O tucano enviou, ao todo, 27 questionamentos, divididos em três blocos: aspectos gerais do áudio recebido pela Procuradoria-Geral da República, sobre o equipamento utilizado, e sobre a gravação em si.
Investigação dos trechos com ininteligibilidade
A defesa de Aécio pede para que o órgão responsável pela perícia verifique, por exemplo, "todos os trechos com ininteligibilidade em qualquer fala, descrevendo suas causas", assim como identifique "as ocorrências em que há ruídos de grande intensidade, descrevendo-os e apurando suas causas, inclusive se foram captados durante a gravação original ou se foram inseridos posteriormente".
Por fim, os advogados pedem: "Considerando os exames realizados, esclarecer se é possível atestar que a gravação apresentada representa com fidelidade e integridade todos as falas ocorridas no encontro gravado? Favor detalhar".
Em sua delação premiada, Joesley entregou uma gravação com Aécio, uma com o presidente Michel Temer e dois encontros com o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-RJ). Temer já enviou seus pedidos. Ainda falta Rocha Loures se manifestar.