O presidente Michel Temer disse em discurso para investidores brasileiros e estrangeiros nesta terça-feira, 30, que o Brasil chegará ao final de 2018 "com a casa em ordem". Ao falar da crise política atual, o presidente disse que vai ficar até o fim de seu mandato, destacou que tem confiança no bom funcionamento das instituições e que é preciso respeitar o que estabelece a Constituição.
"Tenho confiança na solidez das instituições, que estão funcionando normalmente", disse Temer em discurso que durou cerca de 25 minutos no Fórum de Investimentos Brasil 2017. Na plateia, investidores de mais de 40 países, além do vários ministros de seu governo.
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Estavam presentes também o prefeito de São Paulo, João Doria, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno.
"Estamos no caminho certo e pusemos o Brasil nos trilhos. É continuar com a travessia", disse Temer. Ele defendeu a necessidade de continuar com as reformas, sobretudo a da Previdência e a trabalhista. Ele disse que a condução destas reformas tem sido pautadas por diálogo com o Congresso e com a sociedade e quem critica as mudanças na Previdência são justamente aqueles que querem manter privilégios.
O presidente da República afirmou que os políticos são "meros representantes" populares, não são o poder. Temer disse ainda que deve haver separação e harmonia entre os três poderes, mas, não, independência total entre eles. "Quando há desarmonia entre os podes, há inconstitucionalidade."
Temer também fez um balanço da economia, destacando a volta do crescimento e a queda da inflação. "O Brasil reúne todas as condições para prosperar", disse ele, destacando que seu governo "devolveu ao Brasil o caminho do desenvolvimento" e não é intenção do Planalto se afastar deste caminho. "Transmito otimismo e confiança com a segurança jurídica e na prosperidade dos negócios", afirmou o presidente.
Protestos
Temer lamentou em seu discurso os protestos violentos em Brasília na semana passada, quando autorizou o uso das Forças Armadas para conter os manifestantes. O presidente disse que vai continuar com a estratégia de manter a ordem em "futuras divergências físicas".