Lava Jato

Rede entra com ação contra MP que mantém foro privilegiado de Moreira

Partido Rede entrou com uma Ação Indireta de Inconstitucionalidade contra foro privilegiado Moreira Franco, aliado de Temer investigado pela Lava Jato

Agência Estado
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Publicado em 01/06/2017 às 11:51
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Partido Rede entrou com uma Ação Indireta de Inconstitucionalidade contra foro privilegiado Moreira Franco, aliado de Temer investigado pela Lava Jato - FOTO: Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
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A Rede ajuizou nesta quinta-feira, 1º, no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Indireta de Inconstitucionalidade questionando a edição de uma nova Medida Provisória, a MP 782, que inclui a recriação da Secretaria-Geral da Presidência da República, comandada por Moreira Franco. O partido alega que o Executivo não poderia reeditar a medida, já que a MP 768 - que trata do mesmo tema - não foi votada no Congresso.

O partido argumenta que a MP serve apenas para manter o foro privilegiado do aliado do presidente Michel Temer, uma vez que Moreira é alvo da Operação Lava Jato. "Uma MP deve ser utilizada para finalidades públicas e não privadas", declarou nesta manhã o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ). O parlamentar fluminense também anunciou que solicitou a relatoria da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue o foro especial por prerrogativa de função nos casos de crimes comuns para todas as autoridades - com exceção dos chefes dos Três Poderes. A PEC foi aprovada em segundo turno ontem no Senado e quando for para a Câmara será submetida primeiramente à aprovação da CCJ.

A MP 768 perderá a validade nesta sexta-feira, 2, sem ter sido apreciada nos plenários da Câmara e do Senado. A ação apresentada no STF alega que é preciso evitar que a edição de medidas provisórias se tornem ferramentas constantes para burlar decisões do Congresso.

Alinhado com o grupo tucano que quer a saída do PSDB do governo Temer, o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) criticou nesta manhã o que chamou de "grave erro" do presidente da República na edição da nova MP. "Lá atrás, quando Dilma queria salvar Lula e manobrou para dar foro a ele, fomos severamente críticos da medida. Agora, parece-nos que o presidente da República segue o mesmo rito. É um grave erro. O Brasil está atento a estes movimentos e o Congresso precisa brecar esta investida. Aproveito para dizer que votarei contra esta MP", afirmou o tucano.

 

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