O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), declarou neste sábado que a decisão do PSDB de continuar ou não na base de apoio do presidente Michel Temer cabe à executiva do partido e não a um ou outro tucano. "O que tenho dito é que essa é uma avaliação constante. Minha defesa é a do Brasil, da governabilidade, que o País não fique desgovernado", disse a jornalistas nesta tarde, ressaltando que é preciso ter "bom senso e equilíbrio".
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Doria afirmou que a executiva do PSDB deve ter reunião nos próximos dias para discutir a questão. "É uma avaliação que tem que ser compartilhada, é um debate." Perguntado se a pesquisa do Datafolha divulgada hoje, que mostra que apenas 7% da população considera o governo de Michel Temer como "ótimo" ou "bom", Doria respondeu que não é com base em uma pesquisa que se toma uma decisão desse tipo, de ordem política. "Defendo serenidade. O Brasil está em momento difícil."
FHC
Outro tema da rápida conversa com a imprensa foi a troca de farpas entre ele e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC declarou esta semana que Doria não mudou nada na cidade e que "só faz sucesso no celular". O prefeito respondeu afirmando que Fernando Henrique precisa sair de seu apartamento e conhecer a cidade. O prefeito disse que combinou com o tucano um passeio por São Paulo em julho.
"Gosto muito dele (FHC), tenho respeito e admiração. Já trocamos mensagens e combinamos de fazer um passeio agora no início de julho pela cidade. Isso não muda nada minha relação com FHC. É um grande líder", disse Doria. Sobre a cracolândia, o prefeito disse que será apresentado um balanço das ações na região na próxima segunda-feira e também uma nova campanha.
Doria participou neste sábado, em Barueri, do seminário "Região Metropolitana de São Paulo", organizado pelo Instituto Teotônio Vilela e que reuniu prefeitos de cidades do Estado, vereadores, além de lideranças do PSDB e militantes do partido.