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Barroso rebate Gilmar e defende investigações que atingem Temer

Barroso afirmou que o País vive um "Estado de Justiça...capaz de punir pobres e ricos"

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Publicado em 26/06/2017 às 13:50
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Barroso afirmou que o País vive um "Estado de Justiça...capaz de punir pobres e ricos" - FOTO: Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso refutou que o País viva nesta segunda-feira (26), um quadro de "Estado policial" e defendeu as investigações que atingem o presidente Michel Temer (PMDB), na esteira do acordo de delação fechado pela Procuradoria-Geral da República com o empresário Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS.

"Um procurador-geral da República Rodrigo Janot que é procurado por alguém que traz a ele informações e provas de delitos cometidos pelas mais altas autoridades da República, possivelmente nos três poderes, e decide investigar e apura que as informações eram verdadeiras, que as malas de dinheiro de fato circulavam e, portanto, instaura inquérito. Alguém acha que isso é abuso do Ministério Público ou que ele está cumprindo seu dever?", questionou Barroso em palestra proferida no Insper.

Para o magistrado, as reações contra as investigações e condenações de políticos e empresários acontecem porque o País não estava acostumado a responsabilizar o que chamou de "ricos delinquentes".

"Estado que pune empresário que ganha licitação porque pagou propina não é Estado policial, é Estado de Justiça ... O que não estávamos acostumados era com um direito penal igualitário, capaz de punir pobres e ricos. O direito penal ficou mais duro", afirmou Barroso.

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