O ministro da Saúde, Ricardo Barros, comentou nesta terça-feira (27) a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer por crime de corrupção passiva. O ministro afirmou que o Judiciário não quer a reforma da Previdência por ser uma categoria "privilegiada" e por isso "fez todos os movimentos possíveis" para atrapalhar a tramitação da proposta.
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"O Judiciário é a categoria mais privilegiada de todas as categorias dos servidores, evidentemente não quer a reforma da Previdência e fez todos os movimentos possíveis para tirar o ambiente de votação da reforma", disse.
Para o ministro, a ação foi movida por interesses. “É uma articulação, um jogo corporativo, um jogo de interesses que nós estamos visualizando dia a dia. Para nossa sorte, a opinião pública não concordou com a manobra, não aceita delações super-premiadas, quer os bandidos na cadeia”, disse em referência ao acordo de delação premiada do empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, que embasou a denúncia apresentada pela PGR. Na tarde de hoje, o presidente Michel Temer fez uma declaração em que criticou a denúncia e cobrou a apresentação de provas por parte da Procuradoria.
"Trabalhar apesar da crise política"
Barros participou em São Paulo do Ethanol Summit 2017, um dos principais eventos do mundo voltados para as energias renováveis. Ainda em sua fala, ele disse que "o Brasil precisa trabalhar", apesar da crise política. “A turbulência política precisa deixar de afetar a vida das pessoas, é isso que nós [governo] estamos fazendo".