CÂMARA DOS DEPUTADOS

Oposição quer que votação da denúncia de Temer siga rito do impeachment de Dilma

Parlamentares querem sessão num domingo e com destaque para a chamada nominal dos deputados ausentes

JC Online
Cadastrado por
JC Online
Publicado em 27/06/2017 às 15:08
Foto: Antonio Augusto/ Câmara dos Deputados
Parlamentares querem sessão num domingo e com destaque para a chamada nominal dos deputados ausentes - FOTO: Foto: Antonio Augusto/ Câmara dos Deputados
Leitura:

 O líder do PSOL na Câmara dos Deputados, Glauber Braga (RJ), confirmou a solicitação de uma audiência dos partidos da oposição com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a tramitação da denúncia contra Michel Temer na Casa. Os parlamentares querem que a votação, que pode culminar no encaminhamento da denúncia contra o presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF), siga o mesmo protocolo adotado na votação da abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, no ano passado.

De acordo com Glauber, a votação deverá ser realizada num domingo, com os parlamentares sendo chamados nominalmente e justificando seus votos dentro do período de 15 segundos. De acordo com o líder do PSOL, a atenção especial deve ser dada à convocação dos parlamentares durante a sessão. "Queremos que os ausentes possam ser chamados repetidamente pelo presidente da Câmara dos Deputados. É preciso que fique claro quem são os presentes e ausentes nesta votação".

Assim como no impeachment de Rousseff, os deputados contrários a Temer querem que toda a sessão seja televisionada em cadeia nacional, de preferência durante um domingo à tarde, "para máxima e total visibilidade".

Denúncia contra Temer

O procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou criminalmente o presidente Michel Temer por corrupção passiva no caso JBS. A denúncia foi protocolada na noite dessa segunda-feira (26), no Supremo Tribunal Federal. Janot atribui crime a Temer a partir do inquérito da Operação Patmos – investigação desencadeada com base nas delações dos executivos do grupo J&F, que controla a JBS.

O processo só prosseguirá no STF se a denúncia for aprovada no plenário da Câmara com os votos de pelo menos dois terços dos deputados, ou seja, 342, como estabelece a Constituição.

 

Últimas notícias