O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu mais 60 dias para a conclusão das investigações de um inquérito instaurado contra o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), seu filho, com base na delação da Odebrecht.
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De acordo com a Procuradoria-Geral da República, ambos teriam recebido vantagens indevidas nos anos de 2010 e 2014, a pretexto de auxílio na campanha de Zeca Dirceu para a Câmara dos Deputados, "havendo fortes indícios de contrapartida relacionada a pleitos da Odebrecht junto ao governo federal".
Os pagamentos teriam sido feitos pelo temor de que Dirceu pudesse prejudicar os negócios da empreiteira, devido à sua influência como ministro no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Os fatos em apuração são graves e indicam a necessidade de oitiva de colaboradores e dos investigados, entre outras diligências ainda não levadas a cabo", escreveu Janot. O relator do inquérito é o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin.