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''Temer está cada vez mais isolado'', diz o senador Humberto Costa

Segundo o senador Humberto Costa, após a prisão do seu aliado Geddel Vieira de Lima, a situação de Temer se agrava ainda mais

Editoria de Política
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Publicado em 04/07/2017 às 11:34
Agência Senado
Segundo o senador Humberto Costa, após a prisão do seu aliado Geddel Vieira de Lima, a situação de Temer se agrava ainda mais - FOTO: Agência Senado
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O líder da oposição no Senado Federal, o senador Humberto Costa (PT), afirmou que Michel Temer (PMDB) encontra-se em uma situação de isolamento, segundo ele, agravada após a prisão do ex-ministro federal Geddel Vieira de Lima (PMDB) e forte aliado do presidente. Para o petista, o presidente já não tem o apoio de antes no Congresso Nacional. “Cerco contra Temer se fecha e peemedebista está cada vez mais isolado”, disse o senador.

Geddel foi preso preventivamente nesta segunda-feira (3) pela Polícia Federal, a partir de elementos reunidos durante em depoimentos do doleiro Lúcio Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, sendo os dois últimos, em acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF). No pedido enviado à Justiça, os procuradores afirmaram que Geddel tem agido para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato 

A estratégia da oposição para retirar Michel Temer da Presidência da República gira em torno de conseguir os 342 votos necessários na Câmara dos Deputados para o prosseguimento da denúncia do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Porém, o presidente só precisa conseguir o apoio da base aliada para evitar que isso aconteça, inclusive contando apenas com a abstenção dos parlamentares na votação. 

Segundo Humberto, será uma tarefa difícil para Temer conseguir barrar a denúncia.  “Nem mesmo os partidos da base aliada do governo fecharam apoio contra a contra a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Aos poucos, os ratos começam a abandonar o barco”, disse o senador.

Humberto defendeu a saída do presidente e a realização de eleições diretas no país. “A gente vê mobilizações permanentes contra Michel Temer. Por mais que neguem, a insatisfação popular com o governo e com essas reformas têm contribuído para o seu enfraquecimento. Mas também sabemos que só a saída de Temer não é suficiente. Temos que fazer eleições diretas para que o povo possa escolher o seu novo representante”, disse. 

Articulação

No dia em que a denúncia contra o presidente Michel Temer começa a ser apreciada na Câmara dos Deputados, ele recebe, nesta terça-feira (4), 22 parlamentares em seu gabinete, em Brasília. Dos 15 deputados que vão ao Palácio do Planalto, seis são integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – entre titulares e suplentes. A agenda inclui encontros com Evandro Gussi (PV-SP) e Ronaldo Fonseca (Pros-DF), que são titulares da CCJ, onde a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer começa a tramitar a partir desta terça-feira (4). 

Outros parlamentares que constam na agenda do presidente são Lelo Coimbra (PMDB-ES), Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Roberto de Lucena (PV-SP), todos suplentes na CCJ e aptos a votar na comissão em caso de ausência dos seus titulares. Além dos deputados, completam a agenda os senadores Wilder Moraes (PP-GO), Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Telmário Mota (PRB-RR), Roberto Rocha (PSB-MA), Pedro Chaves (PSC-MS) e José Maranhão (PMDB-PB).

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