crise política

Jarbas diz não temer represálias do PMDB por votar contra Temer

Sérgio Zveiter afirmou que não há possibilidade de ficar isolado no partido

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 12/07/2017 às 12:13
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Sérgio Zveiter afirmou que não há possibilidade de ficar isolado no partido - FOTO: Foto: JC Imagem
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Deputados do PMDB que se posicionaram a favor da aceitação de denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer (PMDB) poderão sofrer sanções do partido. Mas aparentam não estar apreensivos com a decisão. Nesta quarta (12) pela manhã, a Executiva do partido decidiu que irá fechar questão pelo arquivamento e anunciou as possíveis penalidades.

"Voto e sempre votarei com minha consciência. Não mudo o meu entendimento sobre esse assunto por medo de represálias. Quem achar o contrário é porque não me conhece", afirmou o deputado pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB) através de nota. Na semana passada, ele anunciou que votaria a favor da denúncia.

Em entrevista à Rádio Jornal nessa terça (11), Jarbas afirmou que Rodrigo Maia (DEM-RJ) é um "quadro preparado" para assumir o País provisoriamente, caso o afastamento de Temer venha a ocorrer. "Acho ele uma pessoa preparada. Tem um aspecto juvenil, mas tem conduzido a Câmara de forma firme e transparente. Acho ele um quadro muito preparado inclusive para o cargo de transição do País", declarou.

Na mesma entrevista, Jarbas defendeu a tramitação do processo. "É preciso fazer com que tramite, com que ande, prospere a denúncia. A gente nunca deve impedir qualquer denúncia que seja apurada, constatada. Se existe uma denúncia que considero importante, ela tem que ser apurada, não pode ser jogada para jogar para debaixo do tapete", declarou.

ZVEITER

Nessa terça (11), quando havia rumores da decisão do partido, o deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) comentou o assunto na reunião da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara. “Estou no PMDB, continuo no PMDB e pretendo permanecer no PMDB”, disse Zveiter, após o vice-líder da bancada, Carlos Marun (ES) afirmar que o relator não teria condições de permanecer no partido.

Zveiter, que é o relator na CCJ da denúncia contra o presidente Michel Temer, afirmou que não existe a possibilidade de ficar isolado. “Ninguém pode me isolar”, ressaltou.

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