O presidente Michel Temer criticou nesta quarta-feira (12) propostas que almejem uma reforma mais ampla do Estado por meio de mudanças na Constituição, classificando qualquer movimento do tipo como “muito ruim para o país”.
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“Estamos a 30 anos [de vigência da Constituição] e aquela coisa extraordinária do desprezo absoluto às instituições renasce com uma força estupenda”, disse Temer, com a voz exaltada. “E todos começam a dizer ‘temos crise, temos que mudar, criar um novo Estado brasileiro’, e isso é muito ruim para nosso país”, acrescentou.
As declarações foram dadas durante anúncio de novas linhas de financiamento para parcerias público-privadas em municípios. Temer chamou de “federalismo capenga” o atual nível de autonomia de municípios e estados.
Ele exaltou como “ousadia das melhores” o projeto de seu governo de implantar um federalismo efetivo, contrário a uma “vocação centralizadora” observada no país. “O povo gosta do órgão centralizador, do organismo que centralize tudo”, disse o presidente.
Temer ressaltou que após as reformas trabalhista e da Previdência pretende implantar “um federalismo real”, mesmo que com medidas a princípio consideradas impopulares. “Este governo o que quer é reconhecimento depois e não aplauso hoje, é isso que nós queremos.”