A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou há pouco, por unanimidade, a indicação da subprocuradora da República Raquel Dodge para o cargo de procuradora-geral da República. A comissão também aprovou requerimento de urgência para que a votação da indicação do presidente Michel Temer seja votada ainda nesta quarta (12) pelo plenário da Casa, a depender da formação de quórum.
A sabatina de Raquel Dodge na CCJ durou cerca de sete horas. Durante este período, ela respondeu sobre Lava Jato, combate à corrupção e delação premiada. Perguntada sobre o tema por vários senadores, a subprocuradora disse que a legislação é nova e que, por isso, a palavra dela é aceitar que "erros ocorram”. Sem se referir a casos específicos, Raquel afirmou que eventuais falhas devem “estar no horizonte” do Ministério Público e do Judiciário.
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“Como é um instituto novo, a minha palavra é de aceitação de que erros ocorram, mas nós aprendemos, e não estou dizendo que estou apontando um erro aqui ou ali. Isso deve estar no horizonte de todos nós, doutrinadores, membros do Ministério Público e do Judiciário, para que a gente atue em socorro de uma atuação que cumpra seu papel, mas evite perplexidade, como as apontadas por Vossas Excelências”, ressaltou Raquel.
Sabatina
Na sabatina, a subprocuradora falou também sobre o sistema carcerário brasileiro e criticou o contingenciamento de verbas para a área que tem sido feito ao longo dos anos. “É preciso enfrentar essa situação, não só com boa vontade, mas com o espírito de resolver.”