Crise política

Deputado do PSB diz que falta líder nacional e não poupa Marina Silva

Tadeu Alencar disse que ex-senadora é inatacável do ponto de vista ético, mas destacou que ela não se expõe como uma liderança política faria

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Publicado em 17/07/2017 às 17:19
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Tadeu Alencar disse que ex-senadora é inatacável do ponto de vista ético, mas destacou que ela não se expõe como uma liderança política faria - FOTO: Roberto Pereira/SEI
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Deputado federal pelo PSB, o ex-procurador geral do Estado, Tadeu Alencar, afirmou em entrevista à TV JC (veja abaixo) que o Brasil não possui uma liderança política nacional. O socialista não poupou nem mesmo a ex-senadora Marina Silva (Rede), que foi candidata à presidência da República pelo PSB em 2014 após a morte do ex-governador Eduardo Campos na campanha presidencial daquele ano.

"Infelizmente, estamos sem líderes no Brasil. Eduardo era um líder que se preparava para ter um assento na política nacional nos próximos anos. Não sendo Eduardo, você olha assim e é um verdadeiro vazio de lideranças. Inclusive lideranças que são, do ponto de vista pessoal, como a ex-senadora Marina, pessoas inatacáveis do ponto de vista ético. Mas eu não concebo um líder que fica calado diante de uma crise monumental como a que vivemos. O líder se expõe, o líder opina e sugere caminhos", afirmou.

Tadeu Alencar é integrante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que aprovou, na semana passada, um relatório recomendando que a Câmara Federal não aceite a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB). Mas, apesar da vitória do peemedebista, Tadeu acredita que o resultado em plenário será diferente.

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"Foi uma 'vitória de Pirro', que não será a vitória no plenário porque no plenário você não troca deputados. É uma vitória de curto alcance e certamente sob a vigilância severa da sociedade imagino que o resultado no plenário será diferente", disse.

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O deputado do PSB lembrou que houve troca de integrantes da CCJ para favorecer o presidente e condenou a liberação de verbas do governo federal para alguns parlamentares. A estratégia do presidente da República foi para evitar uma derrota na CCJ.

"Sem dúvida, o governo do presidente fez um conjunto de iniciitivas voltadas a seduzr sua base parlamentar,
que está visivelmente fragilizada. Houve uma troca de favores claramente voltada a proteger o presidente. Houve 14 alterações entre os os titulares da CCJ. Doze votaram contra o parecer do deputado Sérgio Zveiter (que recomendava a aceitação da denúncia contra Temer). Se 12 não tivessem mudado de posição, o resultado teria sido outro", avaliou.

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