Condenado a 9 anos e seis meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista, nesta quinta-feira (20), que no dia em que deixar de acreditar na Justiça vai fazer revolução. Sobre a condenação, o petista falou da necessidade de "prova prática", além de afirmar ter a tranquilidade de que (a justiça) virá em outras instâncias".
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O dia que eu deixar de acreditar na Justiça vou fazer revolução. Eu tenho essa tranquilidade de que ela virá em outras instâncias
— Lula pelo Brasil (@LulapeloBrasil) 20 de julho de 2017
Autorizado por Sérgio Moro a recorrer em liberdade, Lula foi condenado no caso em que envolve repasses ilegais da empreiteira OAS através da aquisição e reforma de um apartamento triplex, no Guarujá, em São Paulo.
A defesa do ex-presidente já confirmou que irá recorrer à 2ª instância judicial, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). De próprio punho, Lula escreveu a Moro "pretendo recorrer".
Nessa quarta-feira (190, o oficial de Justiça avaliador Luiz Henrique de Santes enviou ao juiz uma certidão em que avisa sobre a intimação de Lula em São Bernardo do Campo, onde mora o petista.
O juiz federal Sérgio Moro condenou Lula no dia 12 de julho por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Denúncia
Aquele cidadão (Dallagnol) foi a Disney, deve ter visto um desenho que ele gostou e criou uma fantasia em cima disso. #NaSalaDoZe
— Lula pelo Brasil (@LulapeloBrasil) 20 de julho de 2017
Denunciado pela força tarefa de Curitiba, da qual faz parte o procurador Deltan Dallagnol, o ex-presidente teçeu críticas sobre os primeiro passos que culminaram na condenação. "Eu não fiquei incomodado com a sentença porque ele estava refém do pacto que ele fez com a imprensa. Já esperava. Aquele cidadão (Dallagnol) foi à Disney, deve ter visto um desenho que ele gostou e criou uma fantasia em cima disso", apontou.