Preso nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (27) em Sorocaba, São Paulo, pela 42ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Cobra, Aldemir Bendine, 53 anos, foi presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, tendo iniciado sua gestão no banco em abril de 2009 e encerrado em 2015. O objetivo de sua chegada era incentivar o crédito ao consumo para estimular a economia, reduzir a taxa de juros e elevar o nome do Banco como maior do Brasil. Segundo investigações da Polícia Federal, Bendine e pessoas ligadas a ele teriam pedido vantagens relacionadas a seus cargos para que o Grupo Odebrecht não viesse a ser prejudicado em futuras contratações da Petrobras.
Era visto com um gestor hábil ao ponto de desmanchar tempestades, como a que enfrentou em sua chegada à presidência do BB, logo após a administração de Antônio Francisco Lima Neto, duramente criticado pelo então presidente Lula. Na Petrobras, esteve como presidente entre fevereiro de 2015 e maio de 2016, durante o Governo Dilma.
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Longa história dentro do Banco do Brasil
Antes de ocupar o mais alto posto da instituição, começou como estagiário do Banco aos 15 anos, sendo efetivado em 1982 como concursado. Ainda marcou presença na assessoria da Superintendência de São Paulo, foi gerente-executivo da diretoria de varejo, secretário-executivo do Conselho Diretor e vice-presidente de Varejo.
Influência
Em lista divulgada pela Revista Época em 2009, Bendine figura entre os 100 brasileiros mais influentes e em publicação do IG já apareceu em 11º dos 60 mais poderosos do país.