Governo x oposição

Corte no PAC é um ataque cruel ao Nordeste, critica Humberto Costa

Programa de Aceleração do Crescimento foi criado pelo ex-presidente Lula

JC Online
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Publicado em 28/07/2017 às 13:44
Ricardo Stuckert Filho
Programa de Aceleração do Crescimento foi criado pelo ex-presidente Lula - FOTO: Ricardo Stuckert Filho
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O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT), reagiu duramente ao anúncio do governo federal de corte de 30% do orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado na gestão do ex-presidente Lula (PT). Para o senador, a ação afetará diretamente uma série de projetos estratégicos da região Nordeste, onde se concentra o maior número de obras do programa.

“Este corte é mais um ataque claro e cruel ao Nordeste, região que havia sido priorizada nos governos de Lula e Dilma e que cresceu como nunca nos governos do PT. Temer e seus aliados do PSDB e do DEM veem o Nordeste como problema e não como a solução. E o pior de tudo é ver que Pernambuco tem quatro ministros nesta administração nefasta, que assistem a tudo isso de camarote e aceitam o desmonte de tantos projetos importantes para a nossa região sem dar uma palavra contra”, acusou Humberto. "Eles são coniventes com essa conduta criminosa de Temer, que tem aqui na região uma rejeição de quase 100%."

Ao todo, serão contingenciados R$ 7,47 bilhões do PAC. De uma previsão inicial de quase R$ 37 bilhões em despesas, o programa tem garantido pouco menos de R$ 20 bilhões para este ano. Além disso, o governo Temer vai cortar R$ 426 milhões em emendas propostas individualmente por parlamentares e R$ 214 milhões em projetos coletivos, de bancadas.

“Enquanto libera recursos para os seus aliados e compra descaradamente votos contra a denúncia que pesa sobre ele, Temer anuncia cortes violentos contra o povo. Há um claro objetivo político nisso”, alertou o senador.

Segundo Humberto, os cortes mostram o fracasso da política econômica do governo de Michel Temer.

“Neste desgoverno, o desemprego aumentou, a economia piorou e as contas públicas não fecham, mesmo com todo o discurso de austeridade fiscal apregoado desde o início. Está claro que esse projeto econômico naufragou”, avaliou o senador.

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