Atualizada às 21h13
A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, nesta terça-feira (22), tornar o ex-presidente da república e senador Fernando Collor (PTC-AL) réu em suposto esquema de propinas na Lava Jato. Collor foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski votaram pela aceitação da denúncia, que envolve 3 crimes. O senador disse que a decisão do Supremo é derrota para PGR e que vai provar inocência.
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A Procuradoria Geral da República denunciou o ex-presidente pela suspeita de ter recebido mais de R$ 30 milhões em propina oriunda da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Collor é acusado, junto com a mulher Caroline Serejo, o ex-ministro Pedro Paulo Bergamaschi e outras cinco pessoas pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, esse último não foi aceito pelo STF.
Segundo o relatório de procurador-geral da República, Collor, junto com Pedro Paulo Bergamaschi, aceitou e recebeu vantagem de R$ 1 milhão para viabilizar contrato de programa de milhagens e fidelização da BR Distribuidora. A Defesa de político pediu a rejeição da denúncia da PGR por falhas técnicas na acusação.
Absolvição
No dia 24 de abril de 2014, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu absolver Fernando Collor de Mello do crime de peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e corrupção passiva por falta de provas. A acusação é da época em que ele foi presidente da República, entre 1990 e 1992.
O caso será retomado na próxima terça-feira (22), já com o início da votação dos ministros.