SEGUNDA TURMA

STF decide tornar Fernando Collor réu na Lava Jato

A Procuradoria Geral da República denunciou o ex-presidente pela suspeita de ter recebido mais de R$ 30 milhões em propina

JC Online
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Publicado em 22/08/2017 às 16:40
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
A Procuradoria Geral da República denunciou o ex-presidente pela suspeita de ter recebido mais de R$ 30 milhões em propina - FOTO: Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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Atualizada às 21h13

A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, nesta terça-feira (22), tornar o ex-presidente da república e senador Fernando Collor (PTC-AL) réu em suposto esquema de propinas na Lava Jato. Collor foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski votaram pela aceitação da denúncia, que envolve 3 crimes. O senador disse que a decisão do Supremo é derrota para PGR e que vai provar inocência.

A Procuradoria Geral da República denunciou o ex-presidente pela suspeita de ter recebido mais de R$ 30 milhões em propina oriunda da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

Collor é acusado, junto com a mulher Caroline Serejo, o ex-ministro Pedro Paulo Bergamaschi e outras cinco pessoas pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, esse último não foi aceito pelo STF.

Segundo o relatório de procurador-geral da República, Collor, junto com Pedro Paulo Bergamaschi, aceitou e recebeu vantagem de R$ 1 milhão para viabilizar contrato de programa de milhagens e fidelização da BR Distribuidora. A Defesa de político pediu a rejeição da denúncia da PGR por falhas técnicas na acusação.

 Absolvição

No dia 24 de abril de 2014, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu absolver Fernando Collor de Mello do crime de peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e corrupção passiva por falta de provas. A acusação é da época em que ele foi presidente da República, entre 1990 e 1992.

O caso será retomado na próxima terça-feira (22), já com o início da votação dos ministros.

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