O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), disse à reportagem que vai repetir os critérios que adotou para a escolha do relator em uma eventual nova denúncia contra o presidente Michel Temer.
O perfil estabelecido por Pacheco é um parlamentar com conhecimentos jurídicos, preferencialmente advogado, e que tenha uma relação de independência com o governo.
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"Vamos tratar a questão com imparcialidade e sem permitir interferências de qualquer natureza. A prerrogativa de escolha do relator é minha e será exercida no momento oportuno. Obviamente com alguma dificuldade, porque a CCJ já se manifestou sim ou não na primeira denúncia", disse. "Mas preciso esperar a denúncia, ver os termos", disse.
Para Pacheco, não seria recomendável a escolha, por exemplo, do tucano Paulo Abi-Ackel (MG), que relatou favorável a Temer na acusação por corrupção passiva. "A essa altura, acho que ninguém quer ser relator", disse.
Perigo
Segundo assessores palacianos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao presidente que a chegada de uma segunda denúncia é perigosa por causa das insatisfações na base aliada do governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo