O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira, 4, que considera possível votar a reforma política a tempo de as novas regras eleitorais serem aplicadas na eleição do ano que vem. "Tendo acordo entre as lideranças, temos condições e maioria de aprovar rápido em dois turnos e encaminhar para o Senado", disse o parlamentar, que defendeu a adoção do "distritão" como modelo de transição para o distrital misto.
Ele ressaltou, inclusive, que tem um "grupo importante de líderes" que prefere esgotar a discussão do sistema eleitoral antes mesmo de analisar outra reforma enviada pelo Senado, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que será relatada na Câmara pela deputada Shéridan Oliveira (PSDB-RR). "Se votarmos a PEC do Senado antes, corremos o risco de não ter nada", afirmou. Maia participou na manhã desta segunda, em São Paulo, de evento realizado pela revista "Exame".
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Doria
Maia comentou ainda uma possível ida do prefeito de São Paulo (PSDB), João Doria, para o DEM, e repetiu que não fez nenhum convite ao tucano, embora o prefeito tenha dito que o partido de Maia o procurou. "Se alguém convidou, não me contou", disse o deputado.
Apesar de ter afirmado que Doria "é um grande quadro" e que não veria problemas em sua ida para o DEM, Maia disse que não considera prudente que um partido aliado tire políticos, candidatos ou pré-candidatos de outra legenda aliada.