O mandado de prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima, executado nesta sexta-feira (8) pela Polícia Federal teve como base a ligação do peemedebista com os R$ 51 milhões encontrados em "bunker" mantido dentro de um apartamento cedido por um amigo em Salvador. Para tentar comprovar a propriedade ilícita do dinheiro por parte de Geddel, o delegado da Polícia Federal Marlon Cajado confirmou à Justiça Federal que digitais e até uma fatura, no nome da empregada do irmão de Geddel, foram encontrados após a apreensão da quantia.
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Ainda segundo a Polícia Federal, o montante, maior já apreendido pela PF, era em parte fruto "das atividades criminosas praticadas por Geddel no comando da vice-presidência de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal", esquema confirmado pelo doleiro Lúcio Funaro, que fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público.
O apartamento no qual o dinheiro foi encontrado havia sido emprestado por Sílvio Silveira, amigo da família do ex-ministro, ao irmão desse, Lúcio Vieira Lima. Para a Polícia, há indícios fortes de que os R$ 51 milhões pertencem ao ex-ministro já que, através de exames periciais, digitais de Geddel foram encontradas, assim como uma fatura no nome de uma empregada do irmão dele.
Mais dinheiro
A prisão de Geddel e de Gustavo Pedreira do Couto Ferraz foram pedidas para "a garantia da ordem pública" por "lavagem de dinheiro de forma permanente". Os três mandados de busca e apreensão foram necessários, inclusive na casa da mãe de Geddel, já que a polícia acredita que o peemedebista pode ter ocultado ainda mais dinheiro. O ex-ministro deve chegar à Brasília por volta das 15h, onde poderá ficar preso no Complexo Penitenciário da Papuda. Até então, ele estava cumprindo prisão domiciliar, sem monitoramento eletrônico.