Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux e Dias Toffolli acompanharam o ministro Edson Fachin e votaram nesta quarta-feira (13) contra o pedido da defesa do presidente Michel Temer para impedir o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de atuar nas investigações contra Temer com base na delação premiada dos executivos do grupo J&F. Com os votos, o placar até agora é de 5 votos a favor de Janot e nenhum a favor de Temer.
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Para Moraes, não ficou comprovado que haja "inimizade capital" de Janot para com Temer que justifique o pedido de suspeição. "Me parece que não tenha ficado comprovado essa inimizade pessoal, uma motivação personalista de ofensa de ódio", afirmou o ministro, que, até o momento, foi o único integrante do Supremo indicado para a Corte pelo presidente Michel Temer.
Rosa, por sua vez, também acompanhou Fachin, que é o relator do pedido da defesa de Temer sob o argumento de que os fatos levantados pelos advogados do presidente "não configuraram causa de suspeição". "Acompanho sua Excelência quando concluiu que os fatos descritos como ensejadores da suspeição e na forma também agora defendida por Alexandre de Moraes não configuram causa de suspeição ao feitio", disse.
Fux, por sua vez, afirmou que o procurador-Geral da República agiu nos estritos limites da sua representação institucional com impessoalidade. Segundo ele, frases de efeito são ditas a todo o momento por figuras públicas, sem que isso signifique inimizade capital.