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Cardozo diz que provas contra Lula no processo de Moro são frágeis

Para ex-ministro de Dilma, Lula não pode ser privado de ser candidato e nem de ser votado

Da editoria de Política
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Publicado em 15/09/2017 às 17:44
Foto: TV JC
Para ex-ministro de Dilma, Lula não pode ser privado de ser candidato e nem de ser votado - FOTO: Foto: TV JC
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O ex-ministro da Justiça do governo de Dilma Rousseff (PT), José Eduardo Cardozo, afirmou, em entrevista à TV JC, na tarde desta sexta-feira (15), que a sentença de condenação do ex-presidente Lula (PT), proferida pelo juiz federal Sérgio Moro, sobre a aquisição de um apartamento triplex no litoral paulista, não é suficiente para barrar a candidatura do petista à presidência no próximo ano.

"Em condições normais de temperatura e ambiência, acho que um Tribunal não manteria essas provas. Espero que seja feita Justiça. Eu confio no TRF, confio na Justiça brasileira e espero que seja feita justiça. Acredito sinceramente que ele será candidato porque não é possível que ele seja privado do direito de ser candidato e os eleitores privados do direito de eleger uma pessoa com uma sentença marcada pela fragilidade", disse Cardozo em entrevista ao Resenha Política.

Cardozo também comentou o vazamento de aúdios do empresário Joesley Batista, que o cita, afirmando que Cardozo teria ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sob seu comando. "Os áudios mostram que eles queriam me pegar para atingir o Supremo Tribunal Federal, inclusive se eu pudesse ser preso, melhor ainda, porque eles disseram que ‘o Zé (eu) não resiste a 30 minutos de cana’. ‘Vamos pegar o Cardozo que ele vai quebrar o judiciário’. Fiquei muito triste, porque me atingiu pessoal e profissionalmente. Disseram que eu tinha ministro do Supremo na minha mão. Se eu tivesse ministro na mão, do Supremo, Dilma não teria sofrido o impeachment", afirmou.

O ex-ministro também criticou a forma como a Lava Jato vem sendo conduzida e que, na opinião dele, há abuso de poder. "É uma virtude combater a corrupção. Mas eu não combato uma virtude encorrendo em outros ilícitos como é o abuso de poder. Eu vejo na Lava Jato uma grande virtude, o combate à corrupção, e um grande pecado - a forma. Eu não posso prender pessoas para que elas delatem. isso é inaceitável, porque a pessoa vai mentir. Do ponto de vista pragmático, é um erro. O delatado, para agradar o investigador, ele vai criar, vai inventar", disse.

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