POSSE

Dodge diz que ninguém estará acima da lei e classifica a corrupção como uma 'condição'

Nova procuradora-geral da República assume posto de Rodrigo Janot e conduzirá denúncia contra Temer

JC Online
Cadastrado por
JC Online
Publicado em 18/09/2017 às 8:40
Foto: Reprodução/MPF
Nova procuradora-geral da República assume posto de Rodrigo Janot e conduzirá denúncia contra Temer - FOTO: Foto: Reprodução/MPF
Leitura:

Ao tomar posse na manhã desta segunda-feira (18), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dirigiu-se ao povo brasileiro reivindicando as atribuições do Ministério Público no combate à corrupção, à desigualdade e à violência que assolam a população. citando o Papa Francisco, Dodge reforçou que " a esperança se renova agora" e afirmou estar à frente do Ministério Público com a missão de "garantir que ninguém esteja acima da lei".

"41 brasileiros assumiram este cargo. Uns em ambiente de paz, muitos sob intensa tempestade. Nenhum duvidou que o Brasil seguiria em frente. Estou ciente da expectativa de que a tarefa seja cumprida com equilíbrio, firmeza e coragem, com base na Constituição e nas Leis", disse após o presidente Michel Temer assinar o termo de posse.

Durante todo o discurso, o presidente Michel Temer, assim como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, esteve com os olhos fixos na plateia. A nova procuradora, que agora tomará a frente das investigações contra o peemedebista, foi firme em relação ao tema corrupção. Citando o Papa Francisco, Dodge disparou: "A corrupção não é um ato, é uma condição".

"Os desafios são muitos. Não é possível dizer que será fácil, mas confirmo que os problemas serão encarados com seriedade. Temos o dever de cobrar dos que gerenciam o gasto público que o façam de modo honesto, eficiente e probo", continuou.

Como esperado, o discurso de Michel Temer prezou pela harmonia dos Poderes. O presidente disse ser uma honra estar presente na posse da primeira mulher procuradora-geral da República e agradeceu a troca de horário do evento, já que ele viaja ainda hoje para os Estados Unidos.

Nova procuradora

Dodge ficou em 2º lugar na lista tríplice de candidatos elaborada pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República). O presidente Michel Temer a escolheu ignorando o nome de Nicolao Dino, o mais votado. Sua indicação foi aprovada pelo plenário do Senado na noite em 13 de julho. Foram 74 votos a 1 e uma abstenção.

Raquel Dodge, hoje com 55 anos, ingressou no MPF (Ministério Público Federal) em 1987.  Ela foi uma das responsáveis pelas investigações do “mensalão do DEM”, que, em 2009, derrubaram o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Antes, processou criminalmente Hildebrando Paschoal, o “deputado da motosserra”.

Ao assumir a PGR, ela já enfrenta o desafio de conduzir a denúncia por obstrução à justiça e organização criminosa contra o presidente da República. Durante o mandato anterior, Rodrigo Janot denunciou pediu a abertura de outros dois inquéritos contra o peemedebista por corrupção passiva e edições no Decreto dos Portos para beneficiar empresários.

 

Últimas notícias