O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira, 20, que possivelmente o seu partido, o PMDB, terá um candidato nas eleições do ano que vem e salientou que, embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteja bem posicionado nas pesquisas e tenha feito um governo voltado aos mais pobres, a população quer resultados.
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O peemedebista evitou responder como vai se posicionar na disputa pelo Palácio do Planalto em 2018, mas lembrou que, nos 15 anos em que foi presidente do partido, aceitou muitas vezes se reeleger a contragosto no comando do PMDB para evitar uma divisão no partido.
Durante entrevista à agência de notícias Reuters, Temer comentou que Lula tem uma aceitação mais do que razoável. Porém, frisou que o povo quer ver resultados, ao ser questionado se uma vitória da esquerda no ano que vem poderia colocar em risco a agenda de reformas.
Ao lembrar do protesto que recebeu quando deixava, mais cedo, um seminário promovido pelo Financial Times, Temer comentou que o Planalto enfrenta uma oposição organizada no Brasil e criticou a visão de que "se não está no governo, tem que destruir".
Esquivou-se
No fim da entrevista, o editor-chefe da Reuters, Steve Adler, quis abrir uma sessão de perguntas da plateia que acompanhava o evento, mas Temer, demonstrando incômodo com a situação, disse que precisava embarcar de volta ao Brasil e permitiu que apenas duas questões fossem colocadas.