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Paulo Câmara minimiza disputas internas no PSB

Partido adiou para março congresso que elegeria nova mesa diretora

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 23/09/2017 às 6:23
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
Partido adiou para março congresso que elegeria nova mesa diretora - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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O naufrágio da reforma política fez com que o PSB adiasse o seu congresso nacional, que ocorreria na próxima semana, para março de 2018. No evento, seria escolhida a nova mesa diretora do partido. Esse é o comunicado oficial dos socialistas. Mas, nos bastidores, há uma disputa interna entre o atual presidente, Carlos Siqueira, e o vice-governador de São Paulo, Márcio França. Nessa sexta-feira (22), o governador Paulo Câmara tentou amenizar a questão, afirmando que Márcio permanecerá no PSB e disputará o governo de São Paulo no próximo ano, projeto que foi definido como “prioritário para o partido” pelo governador, que é vice-presidente da legenda. Márcio França também afastou problemas internos.

O nome de Márcio França deverá ganhar mais força em 2018, caso Geraldo Alckmin se afaste do governo de São Paulo para disputar a presidência da República pelo PSDB. Se isso ocorrer, o socialista ocupará a cadeira do Palácio dos Bandeirantes. Em entrevista ao El País, no início da semana, França afirmou que irá disputar o governo paulistano. A aposta é que seu nome ficará conhecido a partir da renúncia do tucano.

Na semana passada, França teria saído insatisfeito da reunião da Executiva do PSB, que definiu o adiamento do congresso. Ontem, após a agenda no Palácio do Campo das Princesas, o governador Paulo Câmara tentou amenizar a crise interna da legenda, afirmando que França participou da escolha da nova data. “Foi uma decisão colegiada, que teve a participação do vice-governador. Com o Congresso, a gente tem como definir mais claramente os caminhos para 2018 para o PSB”, disse o governador.

Paulo Câmara afirmou, ainda, que Márcio França precisa estar preparado para caso assuma o governo de São Paulo. “O Márcio tem a grande responsabilidade de assumir o governo de SP para o ano e a gente tem que criar as condições para que ele participe as eleições de 2018 com condições de ganhar e o PSB administrar, pela primeira vez, o maior Estado do Brasil”, declarou, acrescentando que a candidatura “é um projeto prioritário para o partido”.

PRESIDÊNCIA DO PARTIDO

Sobre a intenção de Márcio França de disputar a presidência do PSB, Paulo Câmara afirmou que considera o pleito “legítimo”, mas que dependerá de uma estratégia do partido. Segundo o socialista, Márcio França também “trabalhou muito pela unificação do partido. “O Márcio quer ser presidente, isso é legítimo, ele é filiado praticamente desde a recriação do partido após a Constituição de 88. Ele tem essa aspiração e a gente respeita. Até março, a gente decide, temos prazo para que o partido se fortaleça”, acrescentou.

Por meio da sua assessoria, Márcio França lembrou que é fundador do PSB e afirmou afirma que será governador do Estado de São Paulo pelo PSB. O vice-governador paulistano também destacou que seu vínculo com o o partido vem da época de Miguel Arraes. “Eduardo era meu irmão na política. Paulo é meu amigo. Eu propus o adiamento”, ressaltou.

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