O juiz federal Sérgio Moro autorizou, mediante escolta da Polícia Federal (PF), que o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa Civil - Governos Lula e Dilma) vá ao dentista. Palocci está preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, base da Lava Jato.
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"A autorização está condicionada à disponibilidade do serviço de escolta, na data aprazada, pela autoridade policial, a ser confirmada pela própria defesa", decidiu Moro. A defesa de Palocci relatou que o ex-ministro precisa "tratar de fratura dentária e outros tratamentos de natureza urgente". Pediu para que o petista fosse ao dentista em 2 de outubro de 2017, às 15h30.
O ex-ministro foi capturado em setembro do ano passado na Operação Omertà, desdobramento da Lava Jato, e tenta fechar delação premiada para obter benefícios como redução de pena.
Em interrogatório em 6 de setembro, Palocci confessou atos ilícitos e incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva, a quem incluiu no que chamou de "pacto de sangue" com a Odebrecht que previa repasse de R$ 300 milhões da empreiteira para governos do PT e para o próprio ex-presidente.
Palocci já foi condenado por Moro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Esta foi a primeira condenação do petista no escândalo Petrobras - ele responde ainda a outra ação penal, por propinas da Odebrecht, ao lado do ex-presidente Lula.