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Raquel diz que dará continuidade à denúncia contra Temer se a Câmara autorizar

A denúncia contra Temer foi elaborada por Rodrigo Janot, antecessor de Raquel na PGR

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Publicado em 26/09/2017 às 19:38
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
A denúncia contra Temer foi elaborada por Rodrigo Janot, antecessor de Raquel na PGR - FOTO: Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta terça-feira (26), em entrevista à imprensa, que dará continuidade à denúncia contra o presidente Michel Temer caso a Câmara dos Deputados autorize que a acusação seja processada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A denúncia foi elaborada pelo antecessor de Raquel, ex-procurador-geral Rodrigo Janot, dois dias antes de deixar o cargo. "Estaremos dependentes a seguir do prosseguimento ou não dessa denúncia. Darei a ela a continuidade, como mister do meu cargo", disse Raquel Dodge.

Ela afirmou que no seu primeiro de dia de trabalho elaborou memorial aos ministros do Supremo opinando a favor do encaminhamento imediato da acusação à Câmara. Se os deputados autorizarem o processamento da denúncia contra Temer, o plenário do STF deve decidir se recebe a acusação e abre ação penal contra o presidente.

"Exercerei aquilo que é dado a todo membro do Ministério Público, com clareza e transparência, uma vez a denúncia estando ajuizada. A denúncia será submetida ao plenário do STF e, se recebida, deverá ter continuidade porque a ação penal pública é indisponível, não pode nenhum procurador voltar atrás, numa linguagem mais leiga", disse Raquel Dodge.

Sem análise

Ela evitou analisar o mérito ou supostos problemas da denúncia, que tem sido levantados pela defesa de Temer. Segundo ela, "não cabe fazer análise" sobre o assunto. A procuradora-geral também não opinou sobre qual deveria ser o resultado da votação na Câmara. "Não me cabe dar opinião sobre como se manifestará a Câmara. Respeito essa instituição", disse Raquel Dodge.

Raquel tomou posse no último dia 18. Essa é sua primeira entrevista à imprensa desde que assumiu o comando da Procuradoria-Geral da República.

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