Conselho de Ética

Humberto cobra análise de representação contra Aécio no Senado

O PT protocolou no último dia 28 de outubro representação contra o senador Aécio Neves por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado

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Publicado em 20/10/2017 às 12:34
Roberto Stuckert Filho / PR
O PT protocolou no último dia 28 de outubro representação contra o senador Aécio Neves por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado - FOTO: Roberto Stuckert Filho / PR
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O senador Humberto Costa (PT) cobrou nesta sexta-feira (20) celeridade por parte do Conselho de Ética do Senado para analisar representação do PT contra o senador Aécio Neves (PSDB) por quebra de decoro parlamentar. 

“As condutas narradas são consideradas incompatíveis com a ética e o decoro parlamentar, pois há percepção de vantagens indevidas e suposta prática de irregularidades graves no desempenho do mandato”, afirmou o senador. 

Com os votos de 44 senadores contra a manutenção das medidas cautelares e de 26 favoráveis, os senadores impediram na última quarta (15) o afastamento de Aécio, o seu recolhimento domiciliar noturno e reverteram a obrigação de entregar o passaporte. Não foram registradas abstenções. “Precisamos dar uma resposta à sociedade. O Senado envergonhou o país esta semana”, disparou Humberto. 

No fim de setembro, a Primeira Turma da Corte havia decidido, por 3 votos a 2, afastar Aécio do exercício do mandato ao analisar pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito em que o tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base nas delações premiadas dos executivos da J&F. 

Prazos

De acordo com Humberto, os prazos do trâmite da representação, protocolada no último dia 28 de setembro, já se encerraram. Ele pede que o presidente do Conselho de Ética, o senador João Alberto (PMDB) coloque a questão na pauta. Ele lembra que a representação no Conselho de Ética foi apresentada por conta de um fato novo, que era o segundo pedido de afastamento do mandato por parte do STF.

“Aécio vai ter a possibilidade de se defender integralmente e poderá, caso prove a sua inocência, exercer o seu mandato sem qualquer questionamento. No Conselho de Ética, não se está tentando fazer enquadramento da responsabilização criminal, pois aqui não é o foro adequado, mas o objetivo é compreender que as condutas se amoldam ao descumprimento do comportamento ético exigido de um parlamentar”, afirmou o senador. 

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