Superada a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, o governo vai acertar com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), qual é o calendário para a votação da reforma da Previdência, disse nesta quinta-feira, 26, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Ele afirmou ainda que serão discutidos quais os pontos da proposta a serem priorizados.
"Vamos ver com o presidente Rodrigo Maia qual é o calendário que ele propõe. Também nós temos que ver com ele e os líderes da Câmara quais os tópicos que circunstancialmente nós devemos enfocar com mais veemência neste momento", disse Padilha, que participa da cerimônia de abertura do Fórum Nacional de Controle, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O ministro destacou que a reforma é uma pauta que interessa tanto ao governo quanto ao Congresso e que o País não pode começar 2019 sem ter aprovado mudanças nas regras de aposentadoria e pensão. "O presidente Rodrigo Maia já ontem manifestou interesse em fazer com que ande a reforma da Previdência. A reforma é fundamental para o Brasil", afirmou.
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Selo 'reformista'
Padilha defendeu o selo "reformista" do presidente Michel Temer. Durante o Fórum Nacional de Controle, ele disse que o governo "veio para fazer grandes mudanças".
"É um governo reformista, em que pese o pequeno tempo. Trabalhamos com horizonte temporal de 31 de dezembro de 2018", disse Padilha. "Vamos ver, pelo que já aconteceu e pelo que vai acontecer, que trata-se de governo reformista."
O ministro elogiou ainda o apoio do TCU no projeto de construir uma política de governança. Como mostrou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) na segunda-feira, o presidente Michel Temer vai editar um decreto com orientações de governança para o Poder Executivo. Um projeto de lei será enviado para estender os instrumentos para os demais poderes, além de Estados e municípios.
"Estamos dando passos importantes que estamos dando no rumo de termos governança condizente com o terceiro milênio no governo federal", afirmou.
Saúde de Temer
Mais cedo, ao chegar ao evento, Padilha disse que o presidente Michel Temer "está muito bem" de saúde. Temer teve um desconforto na quarta, foi internado em um hospital em Brasília, mas já teve alta.
Denúncia
No dia após a votação da denúncia, Padilha evitou tecer maiores comentários sobre o resultado. Disse apenas que o desfecho na Câmara foi "normal". Além de Temer, Padilha também estava envolvido na denúncia criminal, juntamente com o ministro Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência).
Desta vez, 251 deputados votaram a favor do presidente Michel Temer, contra 263 parlamentares que o apoiaram na votação da primeira denúncia.