A votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados não pôs fim à semana de agitação política em Brasília. Na manhã desta quinta-feira (26), policiais federais fazem buscas no Ministério do Turismo para investigar a prática de crimes de lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Federal, as buscas fazem parte da Operação Lavat, um desdobramento da Manus que, em junho deste ano, prendeu o ex-deputado federal e ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Ao longo desta operação, os policiais devem cumprir um total de 22 mandados de busca e apreensão, três de prisão temporária e dois de condução coercitiva. Segundo a PF, a maior parte da operação deve ser realizada no Estado do Rio Grande do Norte.
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A PF informou que que ao analisar o material apreendido na Operação Manus, identificaram-se "fortes evidências" de atuação de outras pessoas que integram a organização criminosa e que continuaram a lavar dinheiro e a ocultar valores para o chefe da quadrilha.
Fraude de licitações
Os investigadores também observaram um esquema criminoso que fraudava licitações em municípios do Rio Grande do Norte e que arrecadou cerca de R$ 5,5 milhões para a campanha de 2014.
O Ministério do Turismo informou, por meio de nota, que o servidor será exonerado e que vai colaborar com a Polícia Federal “para que os fatos sejam apurados com correção”.
Operação Manus
Dentre os investigados na operação de junho que deu origem à Lavat, está o ex-ministro do Turismo Henrique Alves, atualmente detido no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
A Operação Manus investigou atos de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal. Na época em que foi deflagrada, a operação estimava que o superfaturamento da obra chegou a R$ 77 milhões.
