O ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo J&F, Ricardo Saud, negou-se a responder as perguntas dos deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a JBS, que esteve em reunião na manhã desta terça-feira (30) Saud alegou seu direito constitucional de permanecer calado. “Sem querer frustrar vossas excelências, vou permanecer calado”, afirmou o ex-diretor.
Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), João Rodrigues (PSD-SC) e Izalci Lucas (PSDB-DF) e o presidente da CPI, o senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), entraram com um requerimento solicitando que Ricardo Saud prestasse depoimento à CPMI. "Ele tem muita coisa a falar e acho que vai ser importante nesse processo da CPMI", afirmou Izalci Lucas.
Na semana passada, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Hereda, foi ouvido pelos parlamentares. Em seu depoimento, ele negou ter cometido irregularidades na liberação de empréstimos ao grupo J&F e alegou que as operações passavam pela aprovação de mais de 50 técnicos e órgãos colegiados.
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CPI
A CPMI da JBS foi criada para investigar irregularidades envolvendo as empresas JBS e J&F em operações realizadas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o BNDES-PAR ocorridas entre 2007 a 2016. Os parlamentares também querem investigar os procedimentos do acordo de colaboração premiada entre o Ministério Público Federal e os acionistas das companhias.
Saud
Ricardo Saud foi preso junto com o empresário Joesley Batista em setembro deste ano a pedido do então procurador Geral da República, Rodrigo Janot e atualmente está preso desde então na penitenciária na Papuda, no Distrito Federal. Ele fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).