Para diminuir a resistência dos servidores à reforma da Previdência, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a instituição de uma idade mínima "intermediária" para funcionários públicos que ingressaram até 2003 e têm direito hoje à aposentadoria com salário integral e paridade (mesmos reajustes que servidores da ativa).
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Pela proposta do relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), esses servidores precisariam cumprir as idades mínimas definitivas (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) para manterem esses direitos. Caso contrário, poderiam se aposentar antes conforme a regra de transição, mas sem os benefícios da integralidade e da paridade. Essa exigência foi introduzida no parecer do deputado baiano e é vista com bons olhos pela equipe econômica.
"Paridade e integralidade é direito que eles (servidores) têm. Pode negociar uma idade intermediária", afirmou Maia em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Obrigação
A ideia do presidente da Câmara é que os servidores não sejam obrigados a cumprir as idades mínimas definitivas, uma regra considerada severa, mas mesmo assim tenham que entregar um "pedágio" de alguns anos pelo direito à integralidade e à paridade. Essa mudança no texto, na visão dele, não teria prejuízo do ponto de vista da economia esperada com a reforma da Previdência.