CADEIA VELHA

Alerj decide revogar prisão de Picciani e outros dois deputados

Parlamentares foram preso no âmbito da operação Cadeia Velha

JC Online e ABr
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Publicado em 17/11/2017 às 15:40
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
Parlamentares foram preso no âmbito da operação Cadeia Velha - FOTO: Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
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Em votação aberta, durante sessão extraordinária nesta sexta-feira (17), os deputados do Rio decidiram revogar, por 39 votos contra 19, a prisão do presidente da Casa, Jorge Picciani, e dos deputados Paulo Melo e Albertassi, todos do PMDB do Rio de Janeiro, presos no âmbito da Operação Cadeia Velha.

Os parlamentares foram presos nessa quinta-feira (16), por determinação unânime do Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF2), indiciados na operação, um desdobramento da Lava Jato, deflagrada nessa terça-feira (14).

O Ministério Público Federal apontou propina de R$ 58,58 milhões ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) entre 15 de julho de 2010 e 14 de julho de 2015. Deste montante, o peemedebista identificado como "Platina" ou "Satélite" teria levado R$ 49,96 milhões a mando da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) e R$ 8,62 milhões a mando do ex-governador do Estado Sérgio Cabral (PMDB).

Jorge Picciani foi levado a depor na Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato, ainda na terça-feira (14), dia em que o filho Felipe Picciani foi preso pela Polícia Federal.

O operador financeiro e delator da Lava Jato Álvaro Novis relatou que "os pagamentos efetuados a mando da Fetranspor para Picciani iniciaram na década de 90 e perduraram até a véspera da Operação Xepa da Lava Jato, em 2016.

Com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que habilitou o Congresso a decidir sobre a aplicação das medidas cautelares aplicadas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), a Alerj revogou a decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, livrando assim Picciani e os outros dois parlamentares.

Manifestação

Do lado de fora da Alerj, muita correria e confusão foram registradas. A polícia chegou lançar bombas de gás, enquanto os manifestantes ocupavam a Avenida Primeiro de Março. Um carro de som, bandeiras de partidos de esquerda e de grupos sindicais também foram usados no ato. Os discursos são feitos por líderes de movimentos e pessoas que se apresentam como "cidadãos comuns". Todos pedem pela manutenção da prisão de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB. Os três passaram a noite confinados na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio.

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