O advogado criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende o senador Aécio Neves (PSDB-MG), divulgou nota nesta quinta-feira (7) na qual afirma que a quebra de sigilo bancário e fiscal é medida "extremamente natural e salutar para confirmar a absoluta correção" dos atos do seu cliente.
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Segundo ele, os dados bancários "sempre estiveram à disposição da Justiça". "Os sigilos bancário e fiscal do senador Aécio Neves sempre estiveram à disposição da Justiça, e desde outubro, quando essa decisão foi tomada, a Defesa reitera que é uma medida extremamente natural e salutar para confirmar a absoluta correção dos seus atos", diz a nota.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, decretou a quebra de sigilo fiscal e bancário de Aécio no período que vai de 1º janeiro de 2014 até 18 de maio deste ano. O objetivo, segundo a decisão, é "rastrear a origem e o destino dos recursos supostamente ilícitos". A medida inclui os meses que antecederam a eleição presidencial daquele ano em que o tucano foi derrotado por Dilma Roussef (PT).
A quebra de sigilo, requerida pela procuradora-geral, Raquel Dodge, se estende a outros investigados na Operação Patmos - que apura suspeita de propina de R$ 2 milhões da JBS para o senador. São alvos da cautelar a irmã e o primo do tucano, Andrea Neves e Frederico Pacheco, o assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza, e as empresas Tapera e ENM Auditoria e Consultoria.