O deputado federal Jair Messias Bolsonaro (PSC-RJ) chegou no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na manhã dessa quinta-feira (14), recebido por um grupo de com aproximadamente 500 pessoas, apoiadores da sua candidatura a Presidência da República.
Na área externa do aeroporto, Bolsonaro discursou do alto de um trio elétrico por cerca de 20 minutos e falou suas ideias para a política, economia e segurança pública. De acordo com o deputado, o estado do Amazonas precisa ter mais atenção e investimentos para se tornar um polo turístico. "Alguns dizem que eu quero dar carta branca para a polícia matar tudo. Quero sim. Policial que não atira em quem atira nele não é policial", afirmou.
Em outro momento do discurso, Bolsonaro também afirmou que quer dar "carta branca para o policial matar" e afirmou, ainda, que planeja "combater a corrupção com radicalismo". "Já que a imprensa diz que eu sou radical, vamos combater a corrupção com radicalismo sim, vamos combater a violência com radicalismo também." Ele ainda afirmou que uma vitória nas urnas no próximo ano será "missão de Deus".
Um boneco gigante do deputado foi colocado no estacionamento do aeroporto. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 3.000 pessoas participaram do ato, número um tanto alto.
Amazônia
O deputado chegou a opinar sobre a Amazônia para o público e disse que no solo da região está o potencial para colocar o Brasil no topo da economia mundial.
"Aqui está o futuro do Brasil. Temos na região amazônica o que ninguém no mundo tem. A Amazônia, que pode ser solução para o mundo, não pode continuar sendo problema para o Brasil (...) A Amazônia , área mais rica do mundo, cobiçada por muitos países tem seu potencial no subsolo e na biodiversidade mais que o suficiente para estar no topo da economia mundial. Se estou aqui é porque acredito em vocês", afirmou Bolsonaro.
Manifestação
Movimentos sindicais, estudantis e políticos protestaram contra a visita do deputado federal e pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSC), em Manaus. Faixas, cartazes e banners foram colocados em várias partes da cidade com o objetivo de denunciar as condutas e posicionamentos do parlamentar.
As faixas se encontram em pontos movimentados de Manaus e denunciam declarações machistas e evidenciam denúncias que dão conta de que o parlamentar é acusado de manter parentes na folha de pagamento da Câmara Federal e de receber R$ 200 mil não declarados da empresa JBS. Em uma delas, colocada na fachada do Teatro Amazonas, símbolo turístico do Estado, os movimentos questionam “Quem recebeu 200 mil da JBS, Bolsonaro?”.