DEPUTADO FEDERAL

Defesa diz que Maluf tem câncer e pede que ele recorra em liberdade

'Ele está arrasado. Ele não esperava e nenhum de nós esperava essa prisão', disse o advogado de Maluf

Da editoria de Política
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Publicado em 20/12/2017 às 12:04
Foto: Marcelo Gonçalves/Estadao Conteúdo
'Ele está arrasado. Ele não esperava e nenhum de nós esperava essa prisão', disse o advogado de Maluf - FOTO: Foto: Marcelo Gonçalves/Estadao Conteúdo
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A defesa do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal, pedindo a suspensão da prisão, ocorrida na manhã dessa terça-feira (20). O advogado de Maluf, Ricardo Tosto de Oliveira Carvalho quer que ele cumpra a prisão de forma domiciliar até o julgamento.

De acordo com o portal UOL, a defesa alega que Maluf, aos 86 anos, está com câncer de próstata, o que o deixaria em uma situação vulnerável dentro do sistema carcerário. De acordo com a Polícia Federal, ele deve ser apresentado em Brasília e levado ao presídio da Papuda, onde ficará numa ala especial.

Maluf se entregou na sede da superintendência da PF, na zona oeste da capital paulista, para cumprir decisão, tomada pelo ministro do STF Edson Fachin. O político foi condenado pela Corte em maio. Ele ainda recorreu da decisão do STF, mas perdeu. Ele tentou novo recurso ("embargos infringentes"), negado por Fachin. Para o ministro, Maluf tenta adiar o início do cumprimento da pena.

CONDENAÇÃO DE MALUF

Ele foi condenado pela Primeira Turma do STF a sete anos, nove meses e dez dias de prisão em regime inicial fechado. O colegiado também condenou Maluf a pagar o equivalente a 248 dias-multa, aumentada em três vezes, pelo crime de lavagem de dinheiro.

Maluf foi condenado por dinheiro desviado de obras públicas e remessas ilegais ao exterior, por meio da atuação de doleiros. O deputado foi condenado por ter participado de um esquema de cobrança de propinas na Prefeitura de São Paulo, em 1997 e 1998, que teria contado com o seu envolvimento nos anos seguintes.

A denúncia apontava que as obras foram superfaturadas e o dinheiro da prefeitura foi desviado por meio da subcontratação de outras empresas que emitiam notas fiscais falsas para simular a realização de serviços e justificar a transferência do dinheiro desviado.

Ao todo, o prejuízo aos cofres públicos municipais, em valores corrigidos, ultrapassa US$ 1 bilhão, segundo o Ministério Público. À época, teria sido retirado dos cofres públicos, em propina, cerca de US$ 400 milhões.

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