Suspensão

Câmara suspende pagamentos de salários e benefícios de Maluf

A decisão também se estenderá ao deputado Celso Jacob (PMDB-RJ)

JC Online
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Publicado em 22/12/2017 às 8:17
Foto: Janine Moraes/Agência Câmara
A decisão também se estenderá ao deputado Celso Jacob (PMDB-RJ) - FOTO: Foto: Janine Moraes/Agência Câmara
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu suspender o salário do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), começou a cumprir pena em regime fechado na última quarta-feira (20). A decisão da Diretoria Geral da Câmara de Deputados também vai se estender a partir dessa quinta-feira (21), ao deputado Celso Jacob (PMDB-RJ), onde se mantém preso no Complexo Penitenciário da Papuda.

No site da Câmara é possível verificar que o deputado Paulo Maluf (PP-SP) recebeu R$ 19.398,33 de salário, após descontos como contribuição previdenciária e imposto de renda. A cota parlamentar - usada para despesas como passagens aéreas, hospedagens, telefonia, alimentação, gastos com gabinetes, entre outros -(dinheiro usado para o exercício do mandato), em novembro, foi de R$ 18.156,40. Já o deputado Celso Jacob (PMDB-RJ) recebeu nesse mês R$ 23.682,51 de salário e sua cota parlamentar foi de apenas R$ 108,35. Atualmente, o salário líquido dos deputados federais é de R$ 33.763.

A partir de agora, os gabinetes deixam de existir, os funcionários são exonerados e os deputados não receberão mais salário e benefícios como auxílio-moradia e cota parlamentar.

Condenações

Maluf foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado pelo crime de lavagem de dinheiro. Aos 86 anos, Maluf terá de pagar o equivalente a 248 dias-multa, aumentada em três vezes. O deputado foi considerado culpado pelo desvio de dinheiro de obras públicas e remessas ilegais ao exterior, por meio da atuação de doleiros, além da participação em um esquema de cobrança de propinas durante sua gestão da Prefeitura de São Paulo (1993-1996).

Já o deputado Celson Jacob (PMDB-RJ) foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão por falsificar documentos e dispensar licitação para construção de uma creche em 2002, quando era prefeito da cidade de Três Rios (RJ). Preso no início de junho, o deputado cumpriu pena em regime semiaberto no complexo penitenciário da Papuda e tinha autorização para exercer o mandato durante os dias úteis. Flagrado com biscoito e queijo provolone na cueca, Jacob perdeu o benefício de sair durante o dia da cadeia em 23 de novembro.

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