O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em conjunto com a presidência da Caixa Econômica Federal, vão rejeitar a recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para afastar 12 vice-presidentes do banco, incluindo os investigados e citados em operações da Polícia Federal ligados a Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima, ambos do PMDB e presos na Lava Jato. As informações são do Blog de Andréa Sadi.
O MPF deu prazo para a resposta do governo que termina nesta segunda-feira (8). Entretanto, segundo a publicação, a Caixa vai encaminhar ao Ministério Público a resposta rejeitando a recomendação. de afastar os vice-presidentes.
Quatro dos 12 vice-presidentes da Caixa estão na mira de investigações da PF, que apura suspeita de transações irregulares com Cunha e Geddel. De acordo com o blog, o próprio presidente Michel Temer deu aval à Casa Civil para manter os vice-presidentes que são indicados, além do PMDB, pelo PRB, PR e PP, partido que indicou o presidente da Caixa.
Presidente da Caixa defende permanência
O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, disse que o governo não vai afastar os vice-presidentes, nem os quatro investigados, porque não há nada contra eles além de citações e delações. E negou que a manutenção dos dirigentes seja para contemplar partidos. "Não tem processo contra as pessoas. Para afastar um, precisa ter denúncia concreta. Eu não tenho competência para nomear ou afastar. Não se discute afastar quatro. É recomendação para afastar todos", disse o presidente do banco ao Blog de Andréa Sadi.
O pedido de substituição dos vice-presidentes do MPF foi motivada pela "existência de diversas figuras proeminentes na administração da CEF em casos investigados e/ou alvos de investigações, bem como a perene influência política sobre funções que deveriam ser essencialmente técnicas".