A reforma da Previdência no Brasil ainda é uma das incertezas para o governo do presidente Michel Temer. Por este motivo, Temer decidiu aumentar a munição do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS) para R$ 10 bilhões com o objetivo de realizar a finalização de obras em redutos eleitorais de deputados 'indecisos'. A estratégia é utilizar esta quantia para pressionar o Congresso, que retorna do recesso. Segundo informações do governo, o dinheiro saíra dos resultados que a nova reforma trará para a economia brasileira. As informações são da Folha de S. Paulo.
Cálculos
De acordo com os cálculos da equipe econômica, se a reforma da previdência chegar a ser aprovada neste mês de fevereiro, vai gerar uma sobra de R$ 10 bilhões nos cofres brasileiros. Os economistas ainda afirmam que, se a reforma demorar a passar, menos dinheiro ela irá gerar. A previsão é que no mês de março ela caia para cerca de R$ 7 bilhões e no mês de abril, R$ 4 bilhões.
Outras promessas
No mês de dezembro do ano passado, Michel Temer decidiu liberar cerca de R$ 3 bilhões a municípios em 2018 caso a reforma da Previdência seja provada. O objetivo era pressionar os prefeios a influenciarem os deputados na Câmara, para que votassem a favor da reforma.
Prioridades
As obras que estão em andamento, ou seja, precisam de pouco dinheiro para serem inaugurados, ganhariam uma maior prioridade. São elas: os ajustes finais na duplicação da rodovia Régis Bittencourt, na serra do Cafezal, obra praticamente concluída; a segunda fase da linha de transmissão de Belo Monte; a BR-163, no Pará, os aeroportos de Vitória (ES) e Macapá (AP) e a ponte do rio Guaíba (RS).
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Para o governo de Temer, essas obras estão encaixadas como forma de campanha, já que beneficiariam os municípios afetados, e assim, a geração de votos.
Para que estas obras recebam a quantia, a reforma precisaria ser votada o quanto antes, já que a legislação brasileira não permite que o governo destine recursos para obras três meses antes das eleições.
Mais pressão
Uma ameaça ainda 'atormenta' os deputados para que votem o mais rápido possível: a do congelamento de despesas que ode chegar a R$ 50 bilhões. Assim, as obras poderão ter um novo corte.
Articulação objetiva votos na Câmara para aprovar reforma da Previdência
O governo precisa de 308 votos na Câmara para aprovar a reforma, mas está tendo dificuldades para isso. Para conseguir apoio, o governo tem feito indicações políticas. Aguardar decisão do Supremo é uma forma do Planalto transferir o ônus para o PTB e, diante da manutenção da suspensão, argumentar que não há outra saída a não ser sugerir outro nome no lugar de Cristiane.
Desde a indicação, o nome de Cristiane Brasil está envolvido em polêmicas. Ela foi condenada a pagar R$ 60 mil a um de seus ex-motoristas. Outro ex-funcionário fez um acordo no valor de R$ 14 mil com a deputada para evitar nova condenação.