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Em entrevista, FHC afirma que o Brasil está prestes a eleger um 'Hitler ou Trump'

Para o político, o eleito tem que ser alguém que toque as pessoas com as palavras

JC Online
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Publicado em 18/01/2018 às 11:05
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Para o político, o eleito tem que ser alguém que toque as pessoas com as palavras - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Na manhã desta quinta-feira (18), em uma entrevista exclusiva para a Rádio Bandeirantes, Fernando Henrique Cardoso afirmou que o Brasil corre o risco sério de eleger um 'Hitler, Trump ou Macron' mas próximas eleições presidenciais, que acontecem no próximo mês de outubro. Para o ex-presidente, o eleito tem que ser alguém que toque as pessoas com as palavras. "Mas precisa ter algumas regras de democracia e de bem-estar, que tenha compromisso com o país", afirmou o político.

"As pessoas estão cansadas de tanta confusão: é violência, crime, roubo. Nós precisamos voltar a acreditar no país, que já passou por muita coisa. Precisamos olhar para a frente, para o futuro. "Nós estamos em um momento que é preciso conectar os políticos com a população", continuou FHC.

Candidatos 

Durante a entrevista, Fernando Henrique Cardoso chegou a indicar candidatos à presidência. Segundo ele, Geraldo Alckmin será o candidato do PSDB à presidência e que João Doria pode ser o candidato tucano ao governo de São Paulo, apesar de o prefeito alegar que irá continuar no comando da prefeitura.

Bolsonaro

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse no último mês de novembro que não pode descartar a possibilidade de o Brasil repetir a experiência italiana depois da Operação Mãos Limpas e eleger um presidente de direita similar a Silvio Berlusconi na esteira da Lava Jato. Embora não tenha citado nomes, ele deixou claro que considera o deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) a principal ameaça nas eleições do próximo ano.

"Eu não quero entrar em detalhes, mas há pessoas da direita que são pessoas perigosas", disse FHC em evento na Universidade Brown, nos EUA. "Um dos candidatos propôs me matar quando eu estava na Presidência. Na época, eu não prestei atenção. Mas hoje eu tenho medo, porque agora ele tem poder, ainda não, ele tem a possibilidade do poder."

 

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