O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (20) substituir a prisão dos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da JBS, por medidas cautelares. Com isso, Wesley Batista vai deixar a prisão. Joesley Batista, no entanto, seguirá preso na carceragem da Polícia Federal em São Paulo. Há ainda um segundo mandado de prisão contra ele que deverá ser apreciado pelo Superior Tribunal Federal (STF).
O advogado Pierpaolo Cruz Bottini, que conduz a defesa dos irmãos no caso, comemorou a decisão. Segundo ele, o STJ reconheceu a ausência de motivos que justifiquem a prisão preventiva dos Batistas, uma medida que ele classificou como "drástica".
"Agora é responder ao processo, participar das oitivas de testemunhas e apresentar a defesa sobre a inexistência do crime de insider", disse Bottini após o julgamento.
Acordo de colaboração
Sobre as notícias de que o Ministério Público iniciou negociações para rever o acordo de colaboração da J&F e dos Batistas, tratativas estas que incluiriam a admissão de culpa no caso de insider trading, Bottini afirmou que "não há nada sobre isso no momento".
Há expectativa que Wesley deixe a prisão nesta quarta-feira (21).
Procuradas, J&F e JBS não quiseram comentar.