Uma detenta da cela 04 do Presídio Feminino de Brasília, escreve pela segunda vez, com o próprio punho, que o ministro Gilmar Mendes olhe conceda um pedido de Habeas Corpus. As cartas são sempre direcionadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), local em que o ministro trabalha. As informações são do blog de Fausto Macedo do Estadão.
A detenta Rosa Maria da Conceição, foi condenada por tráfico de drogas e não tem recursos para pagar um advogado. Na carta, ela apela: “Não sou uma presa importante da Lava Jato, mas gostaria muito que o senhor me concedesse um HC”.
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Ainda conta que assiste a 'todas as entrevistas' do ministro pela televisão. “O senhor é um homem muito justo (…) Sei que sou uma presa sem nenhuma importância, mas peço ao senhor uma oportunidade de sair e cuidar dos meus filhos”, diz a detenta em uma das cartas.
Carta
A carta chegou ao STF no último dia 10 de fevereiro e foi enviada do presídio feminino no dia 6 de janeiro. Em agosto do ano passado, a mesma detenta enviou outra mensagem a Gilmar Mendes, conhecido por mandar soltar 16 alvos de desdobramentos da Operação Lava Jato no Rio.
Conforme a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social do Distrito Federal, Rosa Maria divide a cela com outras 11 internas e “não faz parte das atribuições da Gerência de Análise Jurídica, responsável por acompanhar a execução da pena de cada interno de Execuções Penais sobre o cumprimento dessa pena, ajudar a pessoa que cumpre pena a escrever habeas corpus”.
Em suas mensagens, Rosa Maria ainda afirma que sua filha por 'problemas psicológicos'. O pai dos meus filhos é falecido e a situação fica mais difícil para eles e para mim (…) Fico no aguardo de uma resposta positiva.”