Vários veículos de comunicação internacionais repercutiram o resultado do julgamento do habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF). Com a decisão do Supremo, o petista fica mais perto de ser preso.
O norte-americano The New York Times publicou uma matéria destacando que o "Supremo Tribunal Federal decidiu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser preso enquanto continua recorrendo de sua condenação por corrupção". O jornal também disse que a decisão do Supremo "parece anular" a tentativa de Lula de voltar ao poder.
No site do jornal britânico The Guardian, o trecho de uma matéria dizia que a decisão do STF "é uma reviravolta extraordinária para o político mais popular do Brasil que deixou o cargo com mais de 80% de aprovação e cujas políticas sociais ajudaram a tirar milhões da pobreza".
O francês Le Monde publicou matéria como o título "Suprema Corte do Brasil dá sinal verde ao encarceramento do ex-presidente Lula".
Uma seção intitulada "Crise política no Brasil" reuniu diversas matérias sobre o julgamento do habeas corpus no site do argentino Clarín.
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Por 6 a 5, STF nega habeas corpus contra prisão de Lula
Após mais de 10 horas de julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta quarta-feira (4) o habeas corpus contra a prisão do ex-presidente Lula (PT), condenado a 12 anos e 1 mês de prisão em processo da Operação Lava Jato. Com a decisão da Suprema Corte, o petista fica mais perto de ser preso. O placar foi de 6 a 5, sendo desempatado pela presidente da Casa, ministra Cármen Lúcia. Ela destacou que não há ruptura ou afronta à presunção de inocência o início do cumprimento da pena após a segunda instância.
Entenda o que pode acontecer com Lula
Com a derrota no Supremo, Lula poderá ser preso depois de esgotados os recursos ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). A defesa do petista tem até a próxima segunda-feira (9) para decidir se apresenta recurso ao tribunal de Porto Alegre. Para que Lula seja preso, basta agora que o Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4) determine o início do cumprimento da pena. A decisão segue para o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba, para que ele determine a execução penal. Juristas acreditam que isso pode acontecer já na próxima semana entre quarta e sexta-feira.