Brasília

Amigos de Temer viram réus por organização criminosa

O coronel aposentado João Baptista Lima e o advogado José Yunes foram acusados de fazerem parte, segundo o MPF, do 'quadrilhão do MDB'

JC Online
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Publicado em 09/04/2018 às 21:54
Foto: Reprodução / Yacht Club Ilhabela
O coronel aposentado João Baptista Lima e o advogado José Yunes foram acusados de fazerem parte, segundo o MPF, do 'quadrilhão do MDB' - FOTO: Foto: Reprodução / Yacht Club Ilhabela
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A denúncia por organização criminosa contra o coronel aposentado da PM de São Paulo, João Baptista Lima, e o advogado José Yunes, ex-assessor da presidência, foi aceita pelo juiz federal Marcus Vinícius Reis, de Brasília. Os dois são amigos do presidente Michel Temer.

O advogado e o e o coronel aposentado foram acusados pelo Ministério Público Federal de fazer parte de um grupo de pessoas do MDB que formaram um núcleo afim de cometer crimes contra empresas e órgãos públicos. O grupo ficou conhecido como "quadrilhão do MDB".

Amigos de Temer foram soltos no início do mês

A Polícia Federal apreendeu, na sede da Rodrimar, folhas de papel com citação ao presidente Michel Temer (MDB) e à empresa Argeplan, controlada pelo coronel da PM José Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo do emedebista. A Rodrimar foi alvo de buscas da Operação Skala, deflagrada nessa quinta-feira (29) por ordem do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo. O dono da empresa, Antonio Celso Grecco, foi preso.

A Skala investiga supostos benefícios à empresa Rodrimar na edição do decreto voltado ao setor portuário. O presidente Michel Temer (MBD) é um dos alvos do inquérito.

A equipe SP-13, da PF, chefiada pelo delegado Fábio Seiji Tamura, cumpriu o mandado número 15 do ministro Barroso. Os agentes vasculharam quatro andares da sede da Rodrimar, localizada à Rua General Câmara, 129/141, Centro de Santos. Os agentes percorreram o 3º andar, o 4º, o 5º e o 8º.

No entanto, os 'amigos de Temer' foram soltos  no dia 1º de abril após a revogação das prisões temporárias, pelo próprio ministro Barroso, a pedido da pedido da Procuradora Geral da República, Raques Dodgle. A justificativa é de que as detenções já haviam cumprido seu papel, que era de tomar os depoimentos e recolher possíveis provas.

Raquel Dodge, Procuradora-geral da República, afirmou que a prisao temporária dos dois foi por conta da suspensão da possibilidade de pedir condução coercitiva. A suspensão havia sido determinada pelo ministro Gilmar Mendes.

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