PRESIDENTE DO PT

Gleisi diz que seria 'burrice' não continuar com candidatura de Lula

'Temos claro que a força política e eleitoral é Lula', disse a presidente nacional do PT em entrevista à Rádio Jornal

Da editoria de Política
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Publicado em 17/04/2018 às 9:45
NELSON ALMEIDA / AFP
'Temos claro que a força política e eleitoral é Lula', disse a presidente nacional do PT em entrevista à Rádio Jornal - FOTO: NELSON ALMEIDA / AFP
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Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta terça-feira (17), a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, alegou ser "burrice" ir atrás de um plano B caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não concorra nas eleições deste ano. Ela admitiu que a centralidade do projeto político do partido gira em torno de Lula e ressaltou que nenhum outro candidato tem o capital político para substituir o ex-presidente.

"Temos claro que a força política e eleitoral é Lula. É ele que tem força política e grande liderança no Nordeste. Agora o PT recupera apoio de pessoas do passado e se coloca como partido de preferencia nacional. Toda a estratégia parte de Lula, ele é inocente, se lançássemos outro candidato faríamos coro aos algozes reconhecendo que ele foi condenado de forma correta. Além disso ele tem uma parcela de votos, mesmo sofrendo perseguição, ele mantém essa intenção, esse apoio. Então cabe ao PT viabilizar a candidatura, seria burrice fazer alteração nesse quadro, qual petista tem esse capital político? O Lula é a centralidade do nosso projeto político. Ele só vai ter suspensão quando o Supremo mantiver a sentença do TRF-4", disse Gleisi Hoffmann.

Ouça a íntegra da entrevista 

GLEISI DIZ QUE LULA ESTÁ ISOLADO

Lula está detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do Tripléx. Nesta terça, integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado têm visita marcada para as 14h, nas dependências da Superintendência. Os parlamentares querem verificar as condições da ‘sala especial’ em que o ex-presidente está encarcerado há dez dias.

"A comissão vai verificar as condições que Lula está, nossa preocupação é com o isolamento. Ele está quase num regime de solitária e ele está numa segunda instância, ainda tem recursos. A prisão que Sérgio Moro fez foi apressada como se tivesse medo que alguém votasse um recurso, nenhum dirigente teve acesso a ele e nenhum amigo, estivemos com nove governadores com três senadores", comentou.

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