eleições 2018

15 dos 20 políticos cotados para disputar à Presidência responde algum processo na Justiça

Segundo informações apuradas pelo jornal Folha de S. Paulo, os motivos dessas investigações foram causadas pela Lava Jato e suas derivações, entre outras investigações de desvio

JC Online
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Publicado em 22/04/2018 às 12:05
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Segundo informações apuradas pelo jornal Folha de S. Paulo, os motivos dessas investigações foram causadas pela Lava Jato e suas derivações, entre outras investigações de desvio - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Em outubro desde ano, acontecem as eleições para a Presidência da República e segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, 15 dos 20 políticos cotados para disputar o cargo são alvo de algum processo nos tribunais brasileiros. Ao todo, os candidatos somam mais de 160 casos, entre eles, denunciados, réus, investigados, condenados e preso, como o exemplo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo informações apuradas pelo jornal Folha de S. Paulo, os motivos dessas investigações foram causadas pela Lava Jato e suas derivações, entre outras investigações de desvio.

O jornal paulista ainda aponta que o ranking é liderado ppela condenação de Lula a 12 anos e um mês de prisão, pelo atual presidente do Brasil, Michel Temer, que é alvo de duas denúncias e de duas investicações que estão em andamento, além do senador e também ex-presidente Fernando Collor (PTC), réu na Lava Jato entre outros, e por último o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), investigado em dois inquéritos.

Processos

Além dos políticos já citados, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) já teve seu caso enviado a Justiça Eleitoral. E na última sexta-feira (20), o Ministério Público de São Paulo afirmou que irá investigar se Alckmin ometeu improbidade administrativa no episódio, que é a suspeita de recebimento caixa dois de mais de R$ 10 milhões. A denúncia realizada pelos delatores da Odebrecht afirmaram terrem direcionado o dinheiro à campanha do tucano ao governo paulista em 2010 e 2014.

O candidato a Presidência, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) também faz parte da lista. O deputado responde a duas ações penais no STF sob acusação de injúria e incitação ao estupro, além de uma denúncia por racismo por palestra em que criticou quilombolas. As acusações de incitação ao estupro são motivadas por um bate-boca em 2014 com a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Na situação, ele argumentou que não a estupraria porque ela não merece.

“O emprego do vocábulo ‘merece’ teve por fim conferir a este gravíssimo delito, que é o estupro, o atributo de um prêmio, um favor, uma benesse à mulher, revelando interpretação de que o homem estaria em posição de avaliar qual mulher ‘poderia’ ou ‘mereceria’ ser estuprada”, diz parte do acórdão da 1ª turma do Supremo ao acolher em 2016 a denúncia.

De acordo com as informações colhidas sobre o tema, o líder de casos na Justuiça foi o candidato Ciro Gomes (PDT). O político acumula mais de 70 processos de indenização ou crimes contra a honra. Ele chegou a ser condenado em primeira instância e recorreu.

O recente candidato presidencial Joaquim Barbosa (PSB), foi condenado por danos morais por ter dito que uma jornalista "chafurdava" no lixo.

Alvaro Dias (Pode) foi processado graças a uma antiga ação de execução do INSS. A sua assessoria jurídica disse ao jornal paulista que as peças do processo não estão disponíveis.

O líder do MST Guilherme Boulos (PSOL) foi processado por causa de uma batida em uma moto no último mês de setembro, segundo informações do boletim de ocorrência.

A candidata Manuela D’Ávila (PC do B), investigada ao lado de outros políticos por uso de cota parlamentar na emissão de passagens áreas para terceiros quando era deputada federal. Contudo, ela afirma que já houve pedido de arquivamento em um dos casos, além de decisões favoráveis aos réus.

Defesa

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, que entrou em contato com os presidenciaveis, todos negaram irregularidades e disseram que serão absolvidos. Marina Silva (Rede) e João Amoêdo (Novo) foram os únicos que afirmaram que não respondem a processos.

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