Em meio à polêmica envolvendo a retirada dos trechos das delações de executivos da Odebrecht envolvendo o ex-presidente Lula do juiz Sérgio Moro, o procurador Roberson Pozzobon, integrante da Força Tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF), fez uma provocação nesta quinta-feira (26) para os opositores da operação.
Por meio de sua conta oficial no Twitter, Pozzobon citou uma fala do professor da Escola de Direito da Faculdade Getúlio Vargas Joaquim Falcão. "Sempre que me perguntam se a Lava Jato vai acabar, por causa desta ou daquela decisão do Supremo, a resposta é sempre a mesma. A Lava Jato vai acabar desde o primeiro dia. Mas, até agora, nada. Sempre levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima".
Prof. Joaquim Falcão (FGV):
— Roberson Pozzobon (@RHPozzobon) 26 de abril de 2018
"Sempre que me perguntam se a Lava Jato vai acabar, por causa desta ou daquela decisão do Supremo, a resposta é sempre a mesma. A Lava Jato vai acabar desde o primeiro dia. Mas, até agora, nada. Sempre levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima" https://t.co/IXMOQV4jtA
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Supremo
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) impôs nesta terça-feira, 24, uma derrota ao juiz federal Sérgio Moro, ao decidir remeter à Justiça Federal de São Paulo os documentos das delações da Odebrecht envolvendo Lula na ação que tratam do sítio de Atibaia (SP) e do Instituto Lula. Os três ministros que votaram a favor da retirada, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, mudaram de posição em relação a um julgamento de outubro do ano passado.
A decisão da Segunda Turma do STF provocou uma reação do Ministério Público do Paraná e da Procuradoria Geral da República. Em petição enviada nesta quarta-feira (25) ao juiz Sérgio Moro, procuradores da força-tarefa da Lava Jato afirmaram que "não há que se falar em falta de relação" da delação da Odebrecht com a corrupção na Petrobras.
De acordo com o Ministério Público, essas colaborações relatam a ocorrência de reformas no sítio em Atibaia (SP), aquisição de imóveis para uso pessoal e instalação do Instituto Lula e pagamentos de palestras, condutas que poderiam funcionar como retribuição a favorecimento da companhia.