O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), discordou nesta sexta-feira, 11, da proposta de suspender a intervenção federal na segurança pública do Rio para que o Congresso Nacional possa votar a reforma da Previdência ainda neste ano, logo após as eleições.
Pré-candidato à sucessão no Palácio do Planalto, Maia criticou a ideia do presidente Michel Temer. A avaliação do presidente da Câmara é de que a medida provocaria "insegurança" no andamento da intervenção. "Acho que o presidente está tratando de muitas variáveis que não controla", disse Maia ao jornal O Estado de S. Paulo. "Ele não controla o nome do novo presidente, não controla a agenda de campanha nem a da Câmara e do Senado", afirmou.
Críticas
Mesmo com críticas à intervenção, Maia afirmou que a ação federal no Estado é necessária e está com o cronograma atrasado porque falta aprovar um projeto de crédito para a estrutura administrativa sair do papel. "Isso significa que o interventor (general Braga Netto) não conseguiu ainda nem usar aquele R$ 1,2 bilhão liberado para o Rio", comentou. "É preciso primeiro resolver isso para depois votar a reforma da Previdência. Uma coisa de cada vez."
Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), as mudanças na aposentadoria só podem ser votadas se a intervenção for revogada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.