Na tarde desta segunda-feira (9), após disputa judicial pela liberdade do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, eleitores em defesa dele se reuniram na Praça do Diário, no Centro do Recife, com bandeiras, carro de som e faixas. O Partido dos Trabalhadores de Pernambuco anunciou as datas de marchas em defesa da candidatura de Lula em Pernambuco. No dia 10 de agosto, uma marcha nacional.
Para Bruno Ribeiro, presidente do PT-PE, os fatos deste domingo (8) confirmam o que já vem sendo denunciado pelo partido há algum tempo. "Todos os parâmetros da justiça foram quebrados ontem. Um mantra que todos nós aprendemos desde jovem é 'decisão de justiça não de discute, se cumpre'. Nós assistimos ontem um juiz de férias, em Portugal, despachar uma contra ordem para ordem do desembargador. A pergunta óbvia que todo brasileiro fez e respondeu é 'se fosse qualquer outro preso que não fosse lula, o juiz continuaria curtindo suas férias?'", questionou. Para Bruno, há um direcionamento para manter lula preso sem provas a fim de produzir um resultado político: retirá-lo da eleição.
"Essa prisão de Lula é um verdadeiro sequestro, haja vista que não foi aplicada a decisão do Habeas Corpus, que abre um precedente muito grave na Constituição do Brasil.", comenta Alex Valença, diretor da CUT-PE.
Outro militante vai além e reconhece a ilegalidade da ação do desembargador Rogério Favreto, porém justifica que foi em nome de um ato maior. "Ontem foi um ato heróico do nosso companheiro (Favreto). Foi um ato de resistência e de companheirismo. Foi um ato de apoio e coragem. Ele sabia que não podia, mas em um ato de luta o fez.", argumenta o dirigente da Frente de Luta pelo Transporte Público, Aurélio Ribeiro.
No dia 16 de julho, a marcha começará em Caruaru, às 9h, no centro. No dia 17, em Pombos. No dia 18, em Vitória de Santo Antão. Em Moreno e em Bonança, a marcha está marcada para o dia 19. O encerramento acontece no Recife, no dia 20, e segue para Caetés, no dia 27. De lá, os manifestantes partem para Curitiba, para a superintendência da Polícia Federal. Posteriormente, realizaram um ato no dia 10 de agosto em Brasília.
Defesa por Marília
Ao microfone, a dirigente nacional da CUT, Carmen Dolores, defendeu abertamente a candidatura de Marília Arraes pelo PT: "Não vamos em fazer aliança com governo golpista. Nem aqui, nem em outros estados. Apoiamos a candidatura de Marília Arraes". Em resposta, foi aplaudida pela militância presente.
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