Protesto

MBL acampa em frente ao Facebook contra exclusão de páginas

O grupo pede uma reunião com executivos do Facebook para discutir o assunto

JC Online
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Publicado em 26/07/2018 às 23:59
Foto: Reprodução/Facebook/MBL
O grupo pede uma reunião com executivos do Facebook para discutir o assunto - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook/MBL
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O Movimento Brasil Livre (MBL) montou acampamento em frente à sede do Facebook Brasil, no Itaim Bibi, São Paulo, nesta quinta-feira (26). O objetivo da ação é protestar contra a exclusão de 283 páginas e perfis na rede social. Para o grupo, trata-se de "censura a páginas de direita."

Líderes do MBL, como o vereador de São Paulo Fernando Holiday e o pré-candidato a deputado federal pelo DEM Kim Kataguiri, participam da manifestação, que segundo o movimento, tem como objetivo defender a liberdade de expressão. Eles pedem uma reunião com executivos do Facebook para discutir o assunto e pedir a volta das páginas e perfis.

Contra as 'fake news'

Na última quarta-feira (25), Facebook retirou do ar cerca de 196 páginas e 87 contas no país. O motivo é que, segundo a rede social, as contas e páginas faziam parte de "uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook".

Algumas destas contas são de usuários que pertencem ao MBL. Em nota, o grupo afirmou que vários coordenadores do movimento tiveram as contas retiradas do ar pela empresa.

Segundo o movimento, as contas estavam ''em dia'' com a rede social. ''Muitas dessas contas possuíam dados biográficos estritos, informações verificáveis tornando, portanto, absurda a acusação de que se tratavam de contas falsas''.

O grupo também comentou sobre a série de páginas que foram excluídas sob a alegação de propagaram 'fake news'. o MBL afirmou que as páginas não divulgavam notícias falsas, mas expunham ideias conservadoras. "O Facebook também desativou algumas páginas de alcance nacional, as quais, comando meio milhão de seguidores, entre informar e divulgar ideias liberais e conservadoras - o que não é crime". O grupo ainda atacou o Facebook dizendo que a empresa é "alvo de atenção internacional, por conta do viés político e ideológico".

De acordo com a empresa, as contas e páginas "escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação". O comunicado do Facebook não identificou as páginas ou usuários envolvidos, mas, de acordo com a agência Reuters, as contas eram de membros do grupo MBL.

Confira o posicionamento oficial do Facebook:

"O Facebook dá voz a milhões de pessoas no Brasil, e queremos ter a certeza de que suas conversas acontecem em um ambiente autêntico e seguro. É por isso que nossas políticas dizem que as pessoas precisam usar suas identidades reais na plataforma.

Como parte de nossos esforços contínuos para evitar abusos e depois de uma rigorosa investigação, nós removemos uma rede com 196 Páginas e 87 Perfis no Brasil que violavam nossas políticas de autenticidade. Essas Páginas e Perfis faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação.

As ações que estamos anunciando hoje fazem parte de nosso trabalho permanente para identificar e agir contra pessoas mal intencionadas que violam nossos Padrões da Comunidade. Nós estamos agindo apenas sobre as Páginas e os Perfis que violaram diretamente nossas políticas, mas continuaremos alertas para este e outros tipos de abuso, e removeremos quaisquer conteúdos adicionais que forem identificados por ferir as regras.

Nós não queremos este tipo de comportamento no Facebook, e estamos investindo fortemente em pessoas e tecnologia para remover conteúdo ruim de nossos serviços. Temos atualmente cerca de 15 mil pessoas trabalhando em segurança e revisão de conteúdo em todo o mundo, e chegaremos ao fim do ano com mais de 20 mil pessoas nesses times.

Contamos com as denúncias da nossa comunidade a respeito de conteúdos que possam violar nossas políticas e usamos tecnologia como machine learning e inteligência artificial para detectar comportamento ruim e agir mais rapidamente."

Confira na íntegra a nota do Movimento Brasil Livre:

 

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